O estruturalismo como abordagem filosófica e metodológica surgiu formalmente no século XX, com raízes em diversas áreas do saber, especialmente a linguística. Ele se baseia na ideia de que os fenômenos humanos, culturais ou sociais podem ser compreendidos como sistemas de relações estruturais subjacentes, que possuem padrões e regras próprios.

Os primeiros estruturalistas

  1. Ferdinand de Saussure (1857-1913)
    • Contribuição: Considerado o pai do estruturalismo, Saussure foi um linguista suíço que inaugurou a análise estrutural ao propor que a linguagem é um sistema de signos formado por relações arbitrárias entre o significante (a forma da palavra) e o significado (o conceito).
    • Obra central: Curso de Linguística Geral (publicado postumamente em 1916).
  2. Claude Lévi-Strauss (1908-2009)
    • Contribuição: Aplicou os princípios de Saussure à antropologia, propondo que as culturas humanas podem ser estudadas como sistemas estruturais subjacentes, especialmente por meio de mitos, rituais e parentescos.
    • Obra central: O Pensamento Selvagem (1962) e Mitológicas (1964-1971).
  3. Roman Jakobson (1896-1982)
    • Contribuição: Trabalhou na linguística estrutural, estendendo os princípios de Saussure à fonologia e à análise literária. Ele influenciou significativamente os estudos da comunicação e da semiótica.
  4. Roland Barthes (1915-1980)
    • Contribuição: Transpôs o estruturalismo para a análise literária e cultural, explorando como os textos e símbolos culturais operam como sistemas de signos.
    • Obra central: Elementos de Semiologia (1964).

Quem inaugurou o conceito?

Embora Ferdinand de Saussure seja frequentemente creditado como o “fundador” do estruturalismo, o termo e sua aplicação a diferentes campos só ganharam força com o trabalho de Lévi-Strauss na antropologia. Lévi-Strauss foi o primeiro a adotar explicitamente a etiqueta “estruturalismo” para descrever sua abordagem.

Portanto, o estruturalismo foi inaugurado por Saussure como uma ideia linguística e depois expandido para outras disciplinas, ganhando uma forma mais robusta com Lévi-Strauss no século XX.

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