🛕 Paróquia dos Amigos Mortos

Se você não está:

  • Questionando as bases materiais da realidade
  • Buscando ordem e harmonia nos princípios subjacentes que regem o mundo.
  • Explorando o papel da percepção e como a nossa experiência subjetiva determina o que consideramos real.

Não entre nessa paróquia

O que é a Paróquia ?

É o nome do conjunto de amigos mortos que estão na corrida de bastão da verdade. E quem realmente leva a sociedade para outro patamar de compreensão dos fenômenos do mundo ( bons sensores)

Quem são os amigos mortos?

Ludwig Wittgenstein

Ludwig Wittgenstein (1889–1951) foi um dos filósofos mais influentes do século XX, conhecido por suas contribuições à filosofia da linguagem, lógica e mente. Ele nasceu na Áustria e estudou em Cambridge, sob a orientação de Bertrand Russell. Seu primeiro grande trabalho, *Tractatus Logico-Philosophicus*, abordava a relação entre linguagem e realidade, sugerindo que a linguagem é um espelho do mundo. No entanto, Wittgenstein posteriormente rejeitou muitas de suas próprias ideias e reformulou sua abordagem em sua obra posterior, *Investigações Filosóficas*. Nela, argumenta que o significado das palavras não está em sua correspondência direta com a realidade, mas em seu uso no contexto das atividades humanas, introduzindo a ideia de “jogos de linguagem”. Sua mudança de pensamento revolucionou a filosofia ao desafiar a visão tradicional da linguagem como um sistema rígido de representação e ao enfatizar sua natureza dinâmica e multifacetada. Além disso, Wittgenstein também refletiu profundamente sobre questões de ética, estética e mente, mantendo uma abordagem muitas vezes introspectiva e enigmática em suas obras.

Jean-Baptiste Lamarck

Jean-Baptiste Lamarck (1744–1829) foi um naturalista francês conhecido por sua teoria da evolução biológica, frequentemente chamada de “lamarckismo”. Ele acreditava que os organismos podiam adquirir características durante sua vida em resposta ao ambiente e transmitir essas características a seus descendentes, uma ideia resumida pelo conceito de “herança de características adquiridas”. Lamarck foi um dos primeiros cientistas a sugerir que as espécies não eram fixas e imutáveis, mas que mudavam ao longo do tempo. Apesar de suas ideias serem eventualmente substituídas pela teoria da seleção natural de Darwin, sua contribuição foi crucial para o desenvolvimento inicial do pensamento evolutivo. Lamarck também foi pioneiro na classificação dos invertebrados, um grupo ao qual ele deu o nome, e teve uma abordagem sistemática para o estudo da biologia, que ajudou a estabelecer a base para a biologia moderna. Seu trabalho, embora muito criticado e às vezes mal interpretado, marcou um ponto de inflexão no estudo da vida, abrindo caminho para a compreensão das mudanças evolutivas e da adaptação.

 

Pierre Louis Moreau de Maupertuis

Pierre Louis Moreau de Maupertuis (1698–1759) foi um matemático, filósofo e cientista francês conhecido por suas contribuições à física, biologia e filosofia natural. Ele é lembrado principalmente por ter formulado o princípio da “mínima ação”, uma ideia fundamental na física que afirma que os processos na natureza seguem o caminho que minimiza a ação ou esforço. Esse princípio influenciou o desenvolvimento posterior da mecânica clássica e da física teórica. Maupertuis também foi um dos primeiros cientistas a defender a ideia de que as formas vivas evoluem ao longo do tempo, antecipando aspectos da teoria evolutiva. Ele realizou expedições científicas, incluindo uma famosa missão à Lapônia, para medir o arco do meridiano terrestre, ajudando a confirmar a teoria de Newton de que a Terra é achatada nos polos. Além disso, Maupertuis introduziu ideias sobre a hereditariedade e a transmissão de características, sugerindo uma forma rudimentar de seleção genética. Sua abordagem interdisciplinar o tornou uma figura chave no Iluminismo científico, conectando ideias de várias áreas do conhecimento e ajudando a moldar a ciência moderna.

 

George Berkeley 

George Berkeley (1685–1753) foi um filósofo irlandês, famoso por seu idealismo filosófico, uma doutrina que sustenta que a realidade é essencialmente constituída por ideias e percepções, e não por objetos materiais. Em sua obra mais conhecida, *Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano*, Berkeley argumenta que o mundo físico não existe independentemente da mente; ou seja, os objetos só existem enquanto são percebidos (“ser é ser percebido”). Ele rejeitava o materialismo, acreditando que todas as coisas são sustentadas pela percepção de Deus, o “perceptor supremo”, que garante a continuidade da existência mesmo quando não estamos percebendo algo diretamente. Berkeley também contribuiu para a filosofia da ciência, criticando a noção de matéria como algo além das percepções, e desenvolveu ideias sobre a relação entre percepção, linguagem e realidade. Sua visão desafiava o empirismo de filósofos como John Locke e abriu novos caminhos na filosofia idealista. Apesar das críticas à sua negação do mundo material, Berkeley influenciou muitos pensadores e é considerado um dos principais precursores do idealismo subjetivo, uma corrente importante no desenvolvimento da filosofia ocidental.

Gottfried Leibniz 

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646–1716) foi um filósofo, matemático e cientista alemão, considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo. Ele é conhecido por suas contribuições em várias áreas, mas é especialmente lembrado por seu otimismo metafísico e pela formulação do princípio de “mônadas”, que ele descreveu como unidades fundamentais da realidade. Segundo Leibniz, o universo é composto de infinitas mônadas, substâncias simples e indivisíveis que interagem de maneira harmoniosa, sem comunicação direta entre si, graças à “harmonia preestabelecida” por Deus. Ele também propôs que vivemos “no melhor dos mundos possíveis”, uma ideia otimista que inspirou tanto críticas quanto debates filosóficos.

Leibniz foi co-inventor do cálculo infinitesimal, juntamente com Isaac Newton, e suas contribuições matemáticas e científicas influenciaram profundamente o desenvolvimento dessas disciplinas. No campo da lógica, ele antecipou muitas ideias modernas, como a noção de lógica simbólica. Em filosofia, além de sua metafísica, ele também discutiu questões de ética, liberdade e necessidade, e desenvolveu uma teodiceia, buscando reconciliar a existência do mal com a bondade de Deus. Leibniz deixou um legado duradouro, tanto como um defensor da racionalidade e da ciência quanto como um inovador em várias frentes do pensamento filosófico.